Quando fora fazer sua primeira entrevista de emprego aguardara durante alguns segundos, num enorme saguão, até que algum, dos 8 elevadores, abrisse sua porta enquanto a seta apontada para cima piscava em tom esverdeado.
Quando isso aconteceu, entrou e deu de cara com um enorme espelho. Preocupada em manter sua aparência impecável, nem notou que um senhor de aproximadamente 60 anos entrou logo em seguida dela. Virou-se para apertar o 16º andar e quase deu de cara com uma brilhante gravata azul que se apoiava na enorme barriga daquele homem. Sem graça, pediu desculpas, apertou o 16º e encostou-se a um dos cantos do espaçoso elevador, que mais parecia um salão de festas.
Como o homem engravatado não apertou nenhum outro botão, imaginou que iria para o mesmo andar que ela. ‘Será que era com ele a entrevista?’. Esse questionamento durou alguns segundos, até que novamente reparou em sua gravata. Brilhante e azul. Azul e brilhante. Na verdade, ela não entendia o porquê destas duas características unidas em uma única gravata. Talvez se fosse só azul, ou só brilhante, bastasse. Os dois juntos a incomodavam. O senhor notou que ela olhava fixamente para sua gravata, mas fingiu que não. Ela, hipnotizada, nem percebeu.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
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