Com 5 anos, se enfezou com sua mãe e correu para o quarto arrumar a mochila que lhe acompanharia durante sua fuga. Decidida, não pensava em mais nada além de ‘Vou embora dessa casa’.
Chegava a ser engraçado vê-la, irritadíssima, colocando ursinhos de pelúcia e chinelos cor de rosa dentro de uma mochila da Barbie.
Enquanto sua mãe tomava um banho, ela rapidamente abriu a porta da cozinha, e sem encostá-la de volta, saiu com toda a sua mudança nas costas.
Saindo do banheiro, ainda enrolada na toalha, sua mãe grita seu nome, e sem obter respostas, sai ao seu encontro. No quarto não estava. Na sala não estava. Na lavanderia não estava. Na cozinha não estava. Não podia ser verdade que ela realmente estava levando a sério esta idéia de fugir de casa. Revirada de cabeça para baixo, a casa parecia vazia sem sua presença.
Sua mãe, aos prantos, e ainda de toalha, notou a porta da cozinha entreaberta e o elevador parado em seu andar; abriu a porta dele para que saísse em disparada à procura de sua filha pela vizinhança. Antes que isso acontecesse, a encontrou deitada, com a cabeça apoiada na mochila, dormindo profundamente enquanto o elevador continuava parado em seu andar.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
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